Thursday, August 31, 2006

Domingo Perfeito


E para terminar um fim de semana que foi, essencialmente, perfeito -e serviu para tirar a "barriga de misérias" em passeios, saídas e convívio
 (internacional, atenção...!!),uma passagem por um dos meus sítios favoritos.

Aqui passei já longas horas, a ler, a escrever, a pensar, a pastar, de Verão 
e de Inverno.
Grandes conversas, grandes histórias, grandes momentos já se fizeram aqui.

 

On Fire


 

Olha que coisa mais linda...


Mais uma fantástica imagem na cidade. Horizonte de mar no meio da Natureza, num dia belissimo.



Uma visão inusitada em plena praia de Matosinhos.

O cavalo era lindissimo, parecia dourado. Se estivesse nevoeiro, poderiamos eventualmente estar na presença do regressado D. Sebastião.

Sábado à Noite



 O início de sábado à noite, no regresso a um espaço por onde não passava há muito.
Ambiente porreiro, pessoas de muitas nacionalidades, barezinhos engraçados com pessoas originais.
E,claro...a paisagem é do melhor que se poderia encontrar...!!!

Para jantar, recomendo "Uma velha tinha um gato"; tem um pateozinho porreiro (com aquecimento no inverno!!...ah,pois é!), um chouriço assado do melhor, boa receita, boa cerveja....Recomendo!

A seguir ao jantar, é variar...! Pode-se optar entre ficar pelo cubo algures na esplanada ou vaguear pelos vários bares e cafés no meio de uma boa conversa.





Tuesday, August 29, 2006

Saudades

 As únicas saudades que tenho são de pessoas que já morreram.

Das que estão vivas, as que quero, estão comigo; as outras não lhes sinto a falta.

Monday, August 28, 2006

Filosofia de Vida

Cheguei hoje a uma conclusão brilhante:

Se formos bonzinhos, toda a gente vai passar a vida à espera que sejamos ainda melhores, e desiludidos connosco a cada passo mais ao lado que damos. "Desiludiste-me", "Esperava melhor de ti", etc, etc....

Mas se formos maus, ninguém nos pede que sejamos melhores, ninguem nos diz que os desapontámosm, ninguém espera favores e se for preciso... ainda ficam contentes so por lhes darmos atenção.

Em suma: If you're good everyone will expect you to be better; if you're bad, people will be content.

Friday, August 25, 2006

Liberdade em Movimento


 Primeiro vi o prédio. Depois reparei nas nuvens reflectidas na fachada.
E depois o pássaro juntou-se à imagem, de forma inesperada, e tornou-a ainda mais bonita.

Primeiro, vi-te. Depois reparei na atitude.
E depois juntou-se o sentido de humor -e o mau humor - a conversa, o discurso, as ideias, as piadas, os gostos, os desgostos... e tornaste-te ainda mais bonito.

Reparei em ti no primeiro segundo em que te vi. Juro!
Depois reparei que não tinhas reparado em mim, nem de perto nem de longe.
Depois estive a ouvir, estive a ver, estive a ler nas entrelinhas dos teus olhos, dos gestos das tuas mãos - estive-te a aprender.
Aprendi que tens uma mágoa escondida, aprendi que lutas constantemente contra ti mesmo, contra o que sentes, contra o que não sentes, contra o que não queres voltar a sentir.
Aprendi que usas máscaras, que te escondes atrás de personagens muito mais duras, muito mais esplendorosas - mas muito menos cativantes do que tu mesmo.
Depois vieram os dias, vieram as noites, a distância, a proximidade, as conversas, os silêncios...
E depois ainda a mágoa, a confusão, as interrogações.

A coisa mais bonita que temos é a liberdade.
Se a perder que seja apenas pela metade - por a ter dividido.

Fragil&Idade


 

Mais caminhos


 Mais uma vez, no meio da cidade, a encontrar sítios assim. Não são inesperadamente bonitos - a beleza está por todo o lado, nesta cidade; são, apenas, inesperados.

Caminhos do Romântico


 Há uma parte da cidade que infelizmente pouca gente conhece. Chamam-se os Caminhos do Romântico, e são um conjunto de ruas e casas de pedra onde o tempo parece ter parado há  muitos, muitos séculos atrás...
Não se vêem carros, não se vêem máquinas, nem antenas, nem nada que relembre o tempo actual.
Uma das entradas é aqui, entre o portão do Museu Romântico e o da Casa Tait. As ruas estendem-se depois até à Alfândega, para a esquerda; até perto do Maumau, à direita; e há ainda outro nicho na encosta que desce da Faculdade de Letras até ao rio.
Quando puderem, visitem, porque vale a pena.

Mais da Cidade...


 

Thursday, August 24, 2006

Mesmo sabendo que não gostavas...


 ...empenhei o meu anel de rubi
pra te levar ao concerto
que havia no Rivoli...

Amo-te, Porto



 Eis aqui uma das vistas da cidade que sempre me encantou.
É pena que a fotografia nunca consiga traduzir exactamente tudo o que os olhos vêem. À minha frente, o Jardim das Virtudes, com socalcos verdejantes e mal frequentados, que se estendem pacificamente até ao Rio D'Ouro. O que a objectiva não captou foram os lençóis brancos que se estendem preguiçosamente na relva, à espera de secar, de braços estendidos ao sol.
Mais à esquerda,  um casario cansado espreita pelos buracos das telhas,  pelas janelas já sem vidros, esticando-se nas pontas das paredes para tentar ver as gentes que passam - que passam sem olhar para ele.
Em dias cinzentos, das velhas telhas chovem lágrimas de chuva, que escorrem depois devagar a molhar as histórias que as paredes não contam; e depois seguem, devagar, pelas pedras seculares 
do granito da calçada, em meandros vagos mas teimosos.
Por fim, num alívio, lá chegam ao rio; e as águas acolhem essas lágrimas - como acolhem tantas outras - e tudo está por fim no seu lugar.
Mais à esquerda ainda, o tribunal, a lembrar o Juramento de Caloiro e tantos dias de praxe, tantas horas despreocupadas e felizes.
Adoro esta cidade.

Em plena cidade...


 

Hmmm...!


 

Apenas céu


 

A borboleta negra


Hoje conheci uns olhos fantásticos.
Quer dizer.. naturalmente que não existiam apenas os olhos, os olhos tinham uma pessoa à volta.
E umas pestanas...enormes..!!
Engraçado como uma coisa tão pequena pode tornar-se tão bonita, tão expressiva.
Uns olhos grandes, umas pestanas enormes, um nariz engraçado, um sorriso lindo, uma expressão simpática.
Parei.
Dei com a minha sombra a olhar para mim, de sobrancelha erguida....
"Que entusiasmo...!"-disse-me ela, com um ar irónico.
"Podes crer..." - respondi eu, com "aquele" sorriso estúpido.

E é assim, que à esquina de um dia novo se fazem descobertas inesperadas... 

Perspectivas


 

O Lago

Na margem de um lago de águas escuras, certamente muito frias.

Procuro uma maneira de atravessar o lago. Encontro no meio de ramos e folhas um barco, frágil, danificado, quase uma ruína. Cheio de ramos, e pedras, e lixo.

Limpo tudo o que tem dentro até se ver apenas barco.

Mas não tem remos.

Procuro em torno e encontro apenas um dos remos, podre, a ameaçar partir a qualquer instante.

Cheia de coragem empurro o barco para a água.

Pelos pequenos furos no fundo, o líquido frio e cristalino começa lentamente a entrar.

Insisto com o frágil remo, e avanço lentamente em direcção a águas cada vez mais profundas...



É um pouco como o Amor. As pessoas têm feridas, e buracos, e lixo que trouxeram com elas, de relações anteriores, não são perfeitas, não somos o seu primeiro amor.

Têm problemas, e medo, e estão frágeis. Mas mesmo assim conseguimos ver para lá disso,insistimos, limpamos, tiramos os escolhos, tapamos os buracos e avançamos para o meio do lago.


O fim da história, se conseguimos atravessar o lago ou se afundamos lentamente nas águas gélidas...?? Isso... cada travessia tem uma história diferente.

 

Wednesday, August 23, 2006

The blower's daughter


And so it is
Just like you said it would be
Life goes easy on me
Most of the time

And so it is
The shorter story
No love, no glory
No hero in my sky


I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes off of you
I can't take my mind off of you

I can't take my mind off of you
I can't take my mind...

(Oh....but I will.
Goodbye)

(lyrics adapted from Damian Rice's The blower's daughter)

 

Os sentimentos,como as coisas, enquanto são novos são bonitos, excitantes, fantásticos, uma novidade, uma surpresa, deixam-nos curiosos....!
Depois... são apenas mais coisas.

"E se...?" versus "Ora bolas...!"


Eis aqui outra das questões que me atormentam; o eterno dilema do "E se eu fizesse assim? E se eu fizesse assado?" - ou, pior ainda, "E se eu tivese feito assim?
Por norma acabo por ficar pendurada nesses "ses", principalmente nos que estão agarrados ao passado; primeiro passo alguem tempo a pensar "Se eu fizer assim acontece provavelmente isto, se eu fizer assim acontece assado".
Inevitavelmente, e porque a vida curte conhecer os nossos planos para poder contorná-los, não acontece nada do que eu tinha previsto, e passo à fase do "Se eu tivesse feito assim" - sendo que nesta fase o cenário resultado da atitude alternativa que eu nunca tomei é, invariavelmente, idílico.
A fase seguinte é que, em desespero ao aperceber-me que a janela de tempo ideal para agir está a passar, sou impelida para rumos que poderiam até ter sido os correctos uns tempos antes, mas que na altura estão plenamente demodés...e aqui entro rapidamente na fase do "Ora bolas, mas para que é que eu fiz isto...?"
Tudo isto é muito claro numa análise retrospectiva..mas...alguém por aí tem a receita para modificar este ciclo?
. . .

Pensamentos Random

Há muita coisa que me faz confusão; porque é que os velhinhos gostam de atravessar a estrada fora dos sinais;porque é que as pessoas abandonam os animais de estimação para irem de férias; porque é que há quem traia?;porque é que os ovos nos EUA são completamente brancos? porque é que não fomos "fabricados" com um sistema que nos permita passar as imagens que temos na mente a qualquer formato em que as possamos partilhar com outras pessoas?!?
Mas a coisa que me faz mais confusão é a falta de lógica; todo o comportamento que não tenha uma lógica subjacente - ainda que seja uma lógica egoísta ou individualista. O tradicional par acção-reacção. A condição sine qua non.

Não é que me adiante, mas... faz-me confusão!



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